Nuno e sua mãe recebem uma visita

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II -- Nuno e Dona Célia, excelentes actores

"Olá, mamã!" -- Helena estava de mau humor. -- "De onde vens tão bem cheiroso e tão lavado? Não disseste que ias estudar com o Vasco?"

"Estudamos uma hora, mais o menos e depois jogamos um pouco de futebol. Antes de regressar, duchei-me em casa dele. Ou preferias que viesse a cheirar a cavalo?"

"Nuno! Não me respondas assim!"

"É que tens cada uma! Primeiro, falas comigo como se duvidasses do que te disse, depois continuas com sarcasmos... acaso tenho más notas? Porque duvidas de que estive a estudar? E que mal tem que jogasse um pouco de futebol?"

"Tens razão, querido. Desculpa! Sou uma velha rabugenta..." -- Nuno abraçou-a e deu-lhe um beijo. -- "Bem... agora vens de vítima! Deixemos isso. Tenho que ir estudar mais, que se aproximam uns exames de biologia e de filosofia e quero tirar boas notas. Com o Vasco estive a estudar química."

"Às nove horas vem a Célia. Janta conosco."

"Que chatice! Não tenho paciência..."

"Nuno! É uma boa amiga. Pensei que gostavas dela..."

"Não desgosto. Comigo sempre foi muito amável e, diga-se de passagem, que é uma linda mulher!" -- Helena interrompeu-o. -- "Nuno! Não é o tipo de observação que devas fazer sobre uma amiga minha, que tem idade para ser tua mãe! Francamente..."

"Desculpa, mamã! Nunca me lembro que a porta de entrada desta casa é a máquina do espaço e do tempo e que quando entro, sou transportado a Inglaterra na época vitoriana. Só falta o chá das cinco... Mas se falar da Gina Lolobrigida e disser isso, não te sentes ofendida. E tu podes dizer que o Clark Gable era um homem muito atractivo. Em cima, era um alcoólico inveterado com pinta e bigodinho de cigano. Com o que fumava e bebia, devia ter um mau hálito desgraçado!" -- E ria-se à gargalhada, ante o desespero da mãe.

"Basta! Tens uma língua..."

"Desisto! Quero cá saber da dona Célia... se é bonita ou feia. Foi só para te ouvir. És mais previsível que um terremoto em São Francisco."

"Já chega! Já vejo que hoje estás para me irritar. Depois de jantar, se quiseres, vais para o teu quarto e aproveitas para estudar um pouco mais. Assim não corro o risco de que digas alguma inconveniência das tuas à pobre Célia."

"Farei isso mesmo. Não te preocupes que vou disfarçar e ela não vai notar nada. Verás o cavalheiro que sei ser!"

Que gozo! Se soubesses, Helenita, a loba que é a tua amiga na cama... -- Pensava divertidíssimo. -- Bem, Nuno... São horas de estudar. Agora tens que coordenar muito bem as coisas para desfrutares da bela Célia sem arruinares os teus estudos. Que melhor estímulo podias ter?

Foi estudar para o seu quarto. Concentrou-se e o estudo foi muito proveitoso.

Às 20h55 min tocaram à porta. Era a pontualíssima Célia. -- Nuno foi abrir-lhe a porta

"Olá, dona Célia. Como vai? Há muito tempo que não tinha o prazer..."

"Nuno! Dá-me um beijo. Pois... haverá um par de meses, pelo menos. Vejo-te mais adulto... que tal os teus estudos?"

"Entre. A minha mãe está na sala. Os estudos vão bastante bem, obrigado."

"Olá, querida Helena! O teu filho está um homem! E um cavalheiro. Não sabes a sorte que tens!"

Falaram uns minutos de trivialidades e foram para a mesa. Nuno serviu o jantar, que decorreu com a mais absoluta normalidade. Helena estava muito contente com ele.

"Helena, acabo de me lembrar de uma coisa. Tu tens a obra completa de Eça de Queirós, não tens?"

"Tenho. Queres que te empreste algum em particular?"

"Há tempos recomendaram-me um: "A Relíquia". Gostava de lê-lo. Tens?"

"Nuno. Vais buscar "A Relíquia" para a dona Célia?"

"Com muito gosto. É muito divertido. Adoro o Eça! Dona Célia, como a senhora tem um excelente sentido de humor, de certeza que vai gostar." -- Nuno sabia que a mãe gostava da obra de Eça de Queiroz, menos de "A Relíquia", porque o considerava vulgar e bastante imoral.

"Estou captando algum tipo de comparação indirecta com mistura de sarcasmo subtil, ou é impressão minha?"

"Só pode ser impressão tua, mamã... Mas gostei da frase!" -- Nuno tinha um sorriso enigmático e divertido que não agradou nada a Helena.

Célia interveio mudando de assunto, para evitar que Helena tivesse um dos seus acessos de ira, enquanto Nuno foi à biblioteca buscar "A Relíquia".

"Aqui o tem, dona Célia. Querem café, chá... outro tipo de infusão?"

Não quiseram.

Célia, disfarçadamente, passou-lhe um pequeno embrulho por baixo da mesa quando Helena se levantou para ir à cozinha. Ele guardou-o no bolso das calças. Foi ao quarto e meteu-o debaixo da almofada. O que será? - pensou.

Depois da sobremesa, Nuno levantou-se.

"Dona Célia, gostei muito de vê-la. Infelizmente tenho que estudar ainda um par de horas e despeço-me aqui. Espero não voltar a estar outros dois meses sem vê-la." -- Deram-se dois beijos na face. -- "O prazer foi meu, Nuno. Boa sorte nos teus estudos. Será um prazer voltar a verte". -- entretanto pensava: ... Na minha cama, meu tigre. Na minha cama! Oh... Como desejava poder dormir contigo esta noite.

Helena estava muito contente com o cavalheirismo do filho. Era a prova de que ela o tinha sabido educar. Até parecia sincero. Que bom actor!

Antes de recomeçar a estudar, abriu o pacotinho que Célia lhe tinha dado. Eram as cuequinhas cor de rosa que tinha antes e depois da festa privada que tinham feito e uma nota numa pequena folha de papel dobrado. Fediam a pecado e tinham uma mancha que não deixava lugar a dúvidas. Cheirou-as prolongadamente e ficou imediatamente com uma forte erecção.

Tinha uma casa de banho privada que se comunicava com o seu quarto. Entrou e aspirou continuadamente o aroma natural de Célia, enquanto se masturbava. Depois, ejaculou abundantemente nas cuequinhas da sua amante.

A mensagem dizia: "Meu querido, tenho que te ver o mais rapidamente possível. Estarei amanhã às oito horas na paragem do autocarro onde nos encontramos hoje. Espero que gostes do meu presentinho. Não gastes todas as munições sozinho. Deixa algumas para gastares comigo. Destrói este papel antes que seja visto por... quem tu sabes. Adoro-te! Célia."

Depois de destruir o papel em bocadinhos muito pequeninos e deitá-lo na sanita, Nuno escreveu uma nota: "Meu amor, adorei o que me deste. Gostava muito de poder conservá-las, mas, mais tarde ou mais cedo, seriam descobertas por... quem tu sabes. Devolvo-tas com algo muito pessoal que vais gostar como eu gostei do que vinha com elas. Prometo não gastar mais balas sem a tua ajuda, ou pelo menos prometo tentar. Vou estar na paragem às oito menos dez. Também te adoro! Nuno."

Depois, embrulhou as cuequinhas, juntamente com a nota, e foi à sala.

"Mamã, sabes onde está a minha camisa de quadrados azuis? Queria levá-la amanhã."

"Já volto, Célia. Este rapaz nunca encontra nada..." -- levantou-se e saiu da sala. Precisamente o que ele pretendia.

"Toma, querida. Adoro-te!" -- Disse muito baixinho. Célia guardou o embrulho na sua malinha de mão. -- "Amanhã às oito?" -- Sussurrou ela. -- "Sim, querida."

Pouco depois voltou a mãe.

"Desculpa, querido. Está para lavar, mas se queres, lavo-a esta noite e amanhã de manhã está seca."

"Deixa. Levo outra. Mas creio que tenho direito a um pedido de desculpas por: "Este rapaz nunca encontra nada..." E agora volto para o meu quarto, que tenho muito que fazer. Passem bem!"

Helena ignorou a observação do filho.

"Ah... Mamã! Amanhã vou ao Clube de judo onde treina o Leandro. Quero assistir a um treino porque tenho um combate na próxima semana e quero observar a técnica de certos judocas que vou ter que enfrentar. Sou capaz de não chegar antes das sete e meia. É em Campo de Ourique."

"Bem, tu agora não vens a horas nenhum dia..."

"Helena, que esperas de um jovem como ele?" -- Interveio Célia. -- "Com as notas que tem, merece que lhe soltes um pouco mais a corda. Desculpa, já sei que não tenho nada que me meter, mas..."

"Tens razão, filha. Está bem Nuno, vai lá..."

"Muito obrigado dona Célia! Bem, agora vou estudar. Assim compenso o atraso de amanhã."

"Nuno!" -- Disse Célia. -- "É o Clube Kodokan?"

"Sim, esse mesmo. Conhece?"

"Conheço. Está numa paralela à minha rua, a uns três minutos. Helena, deixa-o jantar na minha casa e depois venho trazê-lo no meu carro. Bem, se ele quiser... Que dizes, Nuno? Assim fazes-me companhia e distraio-me um pouco."

"Ai, dona Célia... é muito amável, mas não quero incomodar... nem sei que dizer..."

"Por mim está bem, Nuno, fico muito mais tranquila. Célia, a que horas crês que podes trazê-lo?"

"Pois... Entre as nove e meia e as dez... Talvez antes. Ou é muito tarde?"

"Por mim não há problema. Pelo menos estou descansada, porque está em boas mãos! Mas telefonas-me quando chegares à casa da dona Célia. Ouviste, Nuno?"

"Bem... já vejo que decidiram as duas por mim. Quando um homem está em minoria não há nada a fazer." -- Nuno sorria. Célia era genial. -- "Aceito com prazer dona Célia, se realmente não incomodo demasiado. Depois ainda estudo duas horas quando chegar a casa."

"Mas vais pagar o jantar, jovem! Pagas com trabalho. Tens que me sintonizar bem a televisão e alinhar-me a antena. Sei que te levas bem com essas coisas. Helena, não te preocupes que a antena está na varanda e não no telhado. Não há perigo."

"Ah... Assim já não tenho tantos problemas de consciência! E se quiser também lavo a louça." -- Riram-se os três.

"Toma um cartão meu, Nuno. Assim não te confundes com a morada. A que horas crês que vais chegar?"

"Sobre as sete, talvez sete e dez."

"Muito bem! Jantamos às oito horas ou um pouco mais tarde. Até amanhã, então."

"Agora é que vou mesmo estudar! Até amanhã."

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Anonymous
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2 Commentários
P.LighthouseP.Lighthousehá mais de 3 anosAutor
Resposta a Anonymous (08/30/20)

Obrigado pelo seu amável comentário.

Já quase não me lembrava da história e reli-a. Divertiu-me :-)

Escrevo para meu prazer e gosto de compartilhar com os meus leitores.

É muito agradável ver que há quem goste do que escrevo.

Estive muito tempo sem postar nada aqui, mas agora retomei a atividade...

Um abraço

P.Lighthouse

AnonymousAnônimohá mais de 3 anos
Bem

Escrito e tentador. Pena haver tão pouco em português em literotica.

Nem comentarios, porque será?

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