Abnegação Pt. 02

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"Mas Sófi..."

"Carlos não tentes enganar-me e sobretudo, não estragues o que vocês já têm. Estão loucos um pelo outro. Ela por ti também e não é por interesse! Ganhaste o seu amor pela pureza dos teus sentimentos, pela tua nobreza e pela tua bondade."

"Não me digas isso Sófi. Amo-a tanto desde que a conheço e tenho sofrido tanto por ela, que se o que me disseste fosse uma falsa impressão tua e eu acreditasse... quando descobrisse a verdade, creio que me suicidava! Contento-me fazendo por ela tudo o que puder! Será a minha finalidade na vida! Amo-a! Adoro-a! Necessito-a! Desejaria tanto que ela fosse o primeiro que visse ao despertar-me e o último que visse antes de adormecer. Mas desgraçadamente isso nunca passará de um sonho impossível. Nunca será para mim."

Então aconteceu o impensável.

Senti umas mãos que me massajavam suavemente os ombros e uns lábios roçando-me uma orelha, falando-me num sussurro...

"Pois eu aposto que sim. E não meu amor! Não é uma falsa impressão da Sófi. Só desejo que não seja demasiado tarde para eu poder corrigir os meus erros do passado. E que me possas perdoar o sofrimento que te causei."

"CÉLIA!! Mas... Eu..."

Levantei-me e ela beijou-me com paixão.

Não resisti e correspondi a esse beijo com todo o meu entusiasmo.

Todos os meus fantasmas e receios do passado se dissiparam.

Agora só desejava viver com ela a tempo inteiro!

Senti que abraçava a MINHA Célia e nesse momento fui feliz. Muito feliz!

"Meu Deus! Já posso morrer tranquila!"

Era a voz de Mariana, desde outra parte da sala atrás de mim.

Sófi chorava de emoção, abraçada a Ed.

Ed não chorava, mas estava visivelmente comovido.

Olhei-a.

"Venha aqui futura sogra. Célia posso chamar-lhe assim?"

"Se é o que desejas que ela seja... posso garantir-te que nenhuma das duas se vai opor."

"Aqui ninguém quer que morra! Todos a apreciamos muito. Verdade anfitriões?"

"Verdade!"

Responderam os dois em uníssono, enquando Célia e eu a abraçávamos.

"Que tenha imensos anos pela frente e se a minha vontade for respeitada, virá viver connosco! Que dizes Célia?"

"Que és ainda mais maravilhoso do que eu imaginava Carlos e faço meus os teus desejos. Ouviste Marianita?"

"Agradeço, mas não. Uma sogra sempre acaba por incomodar."

Disse Mariana.

"Não!"

Disseram quatro vozes em uníssono.

"Mariana. A partir de agora deixo de dizer 'dona'. Considero-a como uma segunda mãe e se desde o outro lado existe algo mais que o vazio, a minha mãe agora mesmo estará a sorrir feliz, recordando a vossa amizade e porque sabe que ninguém pode tocar no compartimento que ela sempre ocupará no meu coração."

Recebi uma salva de palmas.

"Agora vocês os dois!"

Disse dirigindo-me a Ed e a Sófi.

"Montaram-me uma armadilha à traição. Vocês e as vossas duas cúmplices! Maravilhosa armadilha! Se não fosse ateu, diria 'Que Deus vos bendiga!' Aos quatro! Mil vezes obrigado!"

"Teve que ser! Tens tanto de bom como de casmurro e tivemos que usar brute force. Que sejam os dois felizes! Ah... E se resolverem passar à situação oficial, nós faremos o mesmo e celebramos isso no mesmo dia."

"Adorava assitir!"

Disse Mariana.

"E aí estará em lugar de honra, por decisão dos quatro. Verdade?"

"VERDADE!"

Gritamos todos.

Então Sofi falou num tom imperativo que não dava oportunidade a réplicas.

"Mariana, hoje fica a aqui a domir no quarto das visitas. Não queremos que fique sozinha esta noite. Estes dois pombinhos têm que saír já para casa do Carlos. Têm que recuperar o tempo perdido e sem mais perdas de tempo! Vá! Vocês pirem-se já e falamos amanhã."

"Mas... Calma!"

Comecei eu.

Célia não disse nada. Só sorria feliz.

"Eh! Façam o que diz a Sófi. É pequenina mas mandona."

Ed ria-se feliz e com gosto.

Célia e eu olhámo-nos e encolhemos os ombros sorridentes e felizes.

"Que... Que dizes Célia?"

"Que já devíamos estar a entrar no carro!"

Fizemos gestos de enviar beijos e saímos de dedos entrelaçados, sem dizer palavra.

Quando descíamos no ascensor, perguntei.

"Como te sentes?"

"Feliz! Sei que estamos a entrar numa nova era das nossas vidas. A definitiva."

Beijámo-nos apaixonadamente e nem nos apercebemos de que o ascensor chegara ao final e estava de portas abertas.

"Se preferirem, podemos subir pelas escadas até ao oitavo andar."

Um casal de meia idade sorria-nos com simpatia e fora o marido que falara com ar divertido

Ficamos ambos vermelhos como dois tomates.

"Oh! Perdão, perdão!"

"Meu Deus! Que vergonha!"

"De vergonha nada! Que Deus vos abençoe!"

Disse a esposa sorrindo-nos com simpatia.

Saímos disparados para o carro, com um ataque de riso incontrolável.

Finalmente tinha a minha Célia! O que eu pensava que seria impossível acontecera.

"Carlos!"

Parei e olhei-a nos olhos.

"Sim meu amor. Diz-me."

"Não é por interesse que estou contigo. Amo-te!"

"Eu sei querida. Não te preocupes."

"Poderás perdoar-me?"

"Não há nada que perdoar. Ambos fomos vítimas das circunstâncias. O passado não existe." "Carlos... Começamos de Zero?"

"De Zero Célia! Só existe o presente e o futuro. Vamos."

FIM

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