Descobertas Parte 01

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Lesbian experiences in Portuguese.
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Aquela era uma sexta-feira deprimente. Véspera de fim de semana, o primeiro sozinha depois de 8 anos de relacionamento. Anos que sumiram, desapareceram e saíram da minha vida com uma batida de porta que ecoava na minha mente nos momentos solitários daquela semana.

Olhei o reflexo no espelho. 41 anos. Poucas rugas. Os inevitáveis pés de galinha, resultado de um rosto quase sempre sorridente. Os longos cabelos ondulados castanho-escuros ainda fazem um contraste delicioso com os olhos verde-jade que me olhavam entre intrigados e tristonhos.

O som do telefone me assusta. Célia. Amiga de muitos anos. Lésbica assumida. Casada há 3 com Flávia, uma professora de educação física. “Vamos sair. Não aceito não como resposta”. Suspirei. “Não estou no meu melhor dia”. “Não me interessa”, rebateu minha amiga. “Vamos sair e você vai ver como a vida é muito melhor sem aquele homem. Estou passando aí em 20 minutos”.

20 minutos. Uma ducha rápida. Lingerie de seda e renda para me sentir sexy, um velho truque que nunca falhou. Calça e blusa preta. Sandália. Escovar os cabelos, passar rímel e batom, colocar um par de brincos. Sentei no sofá da sala e dei um pulo quando o interfone tocou.

Desci e beijei minhas amigas na porta. 15 minutos depois estamos no mais novo bar GLS da cidade. Música alta, muitas mulheres e homens a maioria de mãos dadas ou se beijando. No bar, José e Fábio, outros dois grandes amigos gays. “Você está linda”, disse Fábio, “aquele idiota não sabe o que perdeu”. “Sei, sei” disse , querendo acreditar mas lembrando de cada detalhe doloroso do rompimento. Mas, pouco a pouco, o ambiente alegre e agitado começou a ter efeito. Isso e os dois copos de vinho branco.

Fui para a pista com os amigos. Música agitada. Alta. Luzes piscando. Soltei o corpo e a mente, as aulas de dança do ventre só aumentaram a facilidade dos movimentos dos quadris. Dancei com os amigos, dancei sozinha, até que Flávia bate no meu ombro e me apresenta, aos berros, uma amiga: “esta é a Sílvia”. “Tudo bem?” pergunta a loira sorridente, de uns 35 anos, cabelos curtinhos, alta, olhos castanhos. “Tudo”, sorrio de volta. A loira entra na roda do grupo e começamos a dançar meio juntas, meio separadas, os corpos encontrando uma certa sintonia no ritmo. De vez em quando a mão de Sílvia roçava de leve minha cintura, meu braço, mas tudo me parecia ser inofensivo, por acaso. Pouco depois, decidi parar um pouco e tomar uma Coca para quebrar o efeito do vinho. Antes fui ao banheiro para dar uma refrescada.

Inclinada sobre a pia, lavando as mãos ouço a porta abrir e logo depois sinto duas mãos na minha cintura. Olho pelo espelho sobressaltada e vejo Silvia que diz sorrindo: “Adorei o modo como você se move” encostando seu corpo contra o meu. O calor suave da proximidade me envolve. As pernas amolecem, o coração dispara, a boca abre levemente em busca de mais ar. “Meu Deus! É uma cantada! O que faço agora?” O cérebro em parafuso, mas as mãos continuam sendo lavadas, ganhando tempo, enquanto outras mãos continuam segurando levemente, mas com vontade, minha cintura. Não dava mais para ficar lavando as mãos, viro-me devagar, girando dentro do círculo formado pelas mãos dela. Minhas mãos seguram a borda da pia e nos olhamos. Eu excitada e assustada, ela obviamente adorando cada segundo daquilo. Lembrei de minha gata caçando passarinhos no quintal.

As mãos saem da cintura e sobem va-ga-ro-as-men-te pelas minhas costas. A pressão suave, o deslizar das palmas quentes, sinto a maciez do contato feminino, o contornar seguro das minhas costas... Um arrepio explode em minha espinha. Ela inclina o rosto e beija meu rosto e meu pescoço, lábios macios, boca entreaberta, seu hálito aquecendo de leve minha orelha. Sinto o cheiro de seus cabelos. Xampú infantil. “Tudo bem, tudo tem seu tempo certo... vou deixar meu telefone com você e a gente pode começar sendo amigas...” Ela se afasta um pouco, tira um cartão da bolsa e, olhando nos meus olhos o tempo todo, abre um botão a mais de minha blusa e desliza o cartão sobre meus seios até colocá-lo no soutien. O contato do papel frio contra meu mamilo causa um imediato endurecimento dos dois bicos que subitamente ficam insuportavelmente sensíveis à maciez da seda sobre eles. Deixo escapar um leve suspiro. Ela sorri. Não tem como não perceber que estou ficando excitada. A mão que colocou o cartão fica suspensa no ar um minuto enquanto minha respiração fica mais agitada. Pausa para quê? Para que ela se decida? Para que eu faça alguma coisa? Ouço meu próprio coração batendo. Ela volta a se aproximar, sinto novamente o calor daquele corpo, a mão ainda suspensa segurando a ponta do cartão. Eu engulo em seco. Afasto inconscientemente as pernas. Sinto a coxa dela ocupar o vazio entre elas. Pressionando com firmeza. Meu corpo responde sem que eu tenha tempo de analisar o fato. Sinto uma familiar sensação de umidade me invadir. Os dedos soltam o cartão e deslizam levemente pelo meu colo em direção ao outro seio. Minhas mãos apertam o mármore da pia antecipando o contato, o coração disparado, os bicos dos seios latejando dolorosamente contra a seda.

A porta do banheiro se abre. Ela imediatamente se afasta. Eu começo a lavar as mãos novamente, tremendo da cabeça aos pés. Ela toca meu ombro de leve e diz, fazendo menção de sair: me liga.

Não respondo. Olho pelo espelho e vejo que a outra pessoa entrou no reservado do toalete. Viro e passo um dos meus braços ao redor de sua cintura. Ela surpreende-se com o gesto inesperado. Minha outra mão, ainda molhada, contorna seu pescoço. O contato frio contra a pele quente resulta numa visão deliciosa de dois mamilos arrepiados contra o algodão da camiseta branca. Sendo mulher conheço muito bem a sensação de angústia prazerosa que isso nos dá. O seio inchando, o mamilo endurecendo, esperando um alívio em forma de toque alheio. O susto dura pouco e ela corresponde ao abraço, apertando-me contra a parede. Seios contra seios. Uma maciez, um afundar, um envolver-se mutuamente, tão diferente do contato com um corpo masculino. A parede gelada em minhas costas, o calor do corpo que me pressiona contra os azulejos, a perna que volta a ocupar o espaço entre as minhas, os lábios entreabertos aproximando-se dos meus... o barulho da descarga nos surpreende e nos afastamos. Desta vez ela pega minha mão e, sem dizer nada, entramos no toalete para deficientes, obrigatório por lei, mas de nenhuma utilidade naquele lugar tendo em vista o lance de escadas que se deve subir para chegar ao banheiro.

Eu entro primeiro e vejo quando ela tranca a porta e se volta para mim. Olhos cheios de desejo, um leve sorriso nos lábios, mamilos retesados erguendo o tecido. Eu engulo em seco e encosto na parede. Semi-hipnotizada por aquele corpo que se aproxima. Sorrindo ela sussurra: “acho que você não vai precisar mais deste cartão”. E puxa lentamente o papel que acaricia novamente meu mamilo endurecido. Outro arrepio. Minhas mãos abraçam a cintura dela e finalmente os lábios se tocam, as pontas das línguas se encontram timidamente para segundos depois enlaçarem-se em movimentos circulares, num entra e sai lento e delicioso. O corpo dela volta a pressionar o meu.

Desta vez é a minha perna que invade as pernas dela. Sinto o calor com meu joelho, a coxa tensionada. As mãos no meu pescoço começam a descer lentamente por baixo da camisa já entreaberta. Os lábios se separam e ela chupa de leve meu pescoço enquanto desabotoa minha blusa. As mãos cobrem meus seios e com o polegar e o indicador ela aperta levemente meus mamilos doloridos de tanta excitação.

Com um movimento hábil ela liberta meu seio da prisão de renda e colando os lábios no mamilo começa a sugar e, ao mesmo tempo, passar a ponta da língua em movimentos circulares enquanto a outra mão acaricia meu mamilo, dando leves beliscadas. A sensação é absolutamente enlouquecedora.

Ela abre o zíper da minha calça que escorrega até o chão. Estou completamente encharcada e quando ela passa o nó do dedo médio sobre minha vagina, apertando meu clitóris e empurrando a seda para dentro da minha carne, tenho que morder a mão para não gritar de prazer. Ainda com os lábios colados ao meu seio ela levanta minha perna esquerda, colocando-a dobrada sobre o vaso sanitário e, descendo os lábios, beijando meu corpo todo ela puxa a calcinha para o lado e começa a beijar suavemente os pêlos aparados de minha vagina, completamente exposta naquela posição. Devagarinho, ela abre os lábios e expõe meu clitóris que a essa altura manda ondas de desejo por todo o meu corpo. Ela sopra levemente e o ar frio me faz tremer. Ela contorna o pequeno botão latejante com a língua. Mais um círculo, outro, cada ver mais perto e, de repente, aquela língua macia e úmida, fazendo movimentos de vai e vem não me deixam mais pensar em outra coisa. Sua boca começa a sugar meu clitóris, somente a pontinha da língua roçando nele de vez em quando. É o suficiente. Não consigo mais me segurar. Agarro seus cabelos, minhas costas arqueiam e uma explosão de prazer toma conta de meu corpo, minhas pernas enfraquecem e eu morro por um segundo.

Ela levanta, me beija, sinto o meu próprio gosto naqueles lábios experientes e com um sorriso ela me diz: vamos para um lugar mais confortável? Eu sorrio de volta, me inclino e mordo de leve seu ombro. Algo me diz que essa amizade apenas começou.

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