O Despertar Do Prazer

Informação da História
Romance entre mulheres.
2.6k palavras
4.09
18.6k
00
História não tem tags
Compartilhe esta História

Tamanho da Fonte

Tamanho de Fonte Padrão

Espaçamento de Fonte

Espaçamento de Fonte Padrão

Tipo de Letra

Face da Fonte Padrão

Tema de Leitura

Tema Padrão (Branco)
Você precisa Entrar ou Criar Conta para ter sua personalização salva em seu perfil Literotica.
BETA PÚBLICA

Observação: você pode alterar o tamanho e a face da fonte e ativar o modo escuro clicando na guia do ícone "A" na caixa de informações da história.

Você pode voltar temporariamente para uma experiência Classic Literotica® durante nossos testes Beta públicos em andamento. Considere deixar comentários sobre os problemas que você enfrenta ou sugerir melhorias.

Clique aqui

Camila tinha dezenove anos. Era alta, morena, com um corpo muito bem modelado, os cabelos loiros em tom mel, longos e sedosos, que desciam até a cintura. Olhos verdes, sombreados por longos cílios escuros, que iluminavam um rosto clássico, de traços suaves. Optara por uma blusa branca, jeans e botas de pelica. O cinto largo de couro, com acabamento metalizado em prata, dava-lhe um toque ao mesmo tempo sofisticado e rebelde.

Porém, naquele momento, na sala-de-estar do apartamento elegante e aconchegante de Helena, sua amiga, toda a atmosfera estava carregada. Haviam retornado de uma festa, na qual Camila teve que ser muito polida para se desvencilhar da insistência abusiva de um homem que se julgava um irresistível conquistador.

"Não quero vê-la falando novamente com aquele homem. Ele tem uma reputação lamentável com mulheres. A ex-esposa o acusa de ser violento," exclamou Helena.

Aos quarenta anos, Helena tinha o tipo físico extremamente atraente. Cabelos negros, espessos, ondulados e brilhantes, pele clara e corpo curvilíneo. Uma combinação de sensualidade e charme. Ela optara por um vestido de seda leve, justo e de corte oblíquo. Tinha um decote discreto, mas à medida que se movia, o tecido colava sinuosamente em suas curvas.

O contraste entre Camila e Helena era marcante. E intrigante.

Camila e Helena haviam se conhecido através da Internet, em salas-de-bate-papo. Tornaram-se amigas virtuais, depois começaram a sair juntas. Apesar da diferença de idade, e do fato de uma, Camila, ser estudante e da outra, Helena, uma arquiteta bem sucedida e celebrada, a amizade cresceu e floresceu tornando uma amiga íntima da outra.

Pelo menos, até aquele momento. Pois havia muita eletricidade no ar e o clima estava tenso, explosivo.

"Helena, desculpa, mas percebo que sempre avalia negativamente os homens", Camila especulou em voz alta. "Não é pelo fato do seu casamento ter fracassado, não deixando filhos, que os homens sejam todos meros aproveitadores."

No íntimo, Camila estava atordoada. Como Helena podia imaginar que ela sequer contemplaria a idéia de se interessar por um homem tão viscoso e insolente como aquele da festa? Era um insulto que não estava preparada para engolir.

"Camila, você é jovem demais para entender as armadilhas desses indivíduos," alertou Helena, por entre os dentes.

"Não sou criança, se quer saber," Camila respirou fundo, jogando os cabelos para trás, com impaciência.

"Não é mesmo?" Furiosa, Helena a agarrou pelos ombros.

Os olhos castanhos faiscavam com a intensidade das emoções, e Camila percebeu que a situação escapava ao controle.

"Aquele sujeito é um animal! Vi com ele olhava para você!" Helena contraiu os olhos fitando Camila.

"Não fiz nada para chamar a atenção dele!" protestou Camila, mas sabia que as palavras não convenceriam Helena. Algo novo e desconhecido a dominava e a tornava excitantemente possessiva e selvagem.

"Não seja cínica!" A força das mãos esguias e bem tratadas de Helena aumentou sobre a pele delicada do ombro.

"O que está querendo dizer?," sussurrou Camila, registrando que Helena estreitava a distância entre ambas, o seios começando a se apertar nos de Camila, o brilho no olhar cintilando significativamente.

"Como se você não tivesse idade suficiente para entender," Helena sussurrou.

Camila ainda tentou protestar, mas de algum modo as palavras se perderam. Não porque Helena se recusasse a ouvir, mas porque perdia o comando dos próprios lábios.

"Será que é incapaz mesmo de entender?" Helena a aprisionou de tal forma entre os braços que seria impossível fugir. "Pode sentir o que sinto?" Passou os lábios sobre os dela, provocando, seduzindo, dando origem a uma torrente de sensações que Camila não estava pronta para experimentar. "Ou é uma menininha indefesa e frágil?"

Ela passou a assaltar seus lábios com a língua. Camila tentava desesperadamente mantê-los fechados, não podia acreditar no que Helena estava fazendo, o que pretendia? Não poderia ser verdade, não! Mas ela continuava provocando-a, umedecendo-lhe os lábios com a língua úmida e atrevida.

Camila ficou totalmente confusa, tal o efeito daquelas carícias incitantes. Sentiu o coração disparar, a garganta seca, o corpo trêmulo. Transtornada, lutou contra as sensações que experimentava, as quais não devia sentir. Não, não devia sentir aquela atração, advertiu a si mesma, em pânico. Não por uma mulher!

De qualquer maneira, Helena parecia determinada. Aumentou a intensidade, o ardor das carícias com a língua sobre os lábios de Camila. Até que esta gemeu e os entreabriu. Mas Helena não parecia satisfeita ainda.

"Eu sei que me deseja. Como a desejo," sussurrou, a voz aveludada e rouca, ao ouvido de Camila. Depois, mordiscou o lóbulo da orelha e, ousada, lambeu-a sensualmente. Camila precisou juntar todas suas forças para não derreter de prazer. "O seu corpo quer a satisfação sexual que sempre sonhou, pelo qual anseia e arde."

Camila estremeceu ao reconhecer a verdade do que ela sugeria. Compreendeu, como se despertasse de um sonho, que desejava-a como uma mulher deseja sua bem amada. Desejava Helena como amante, não apenas como parceira sexual, para satisfazer uma necessidade física. Mas poderia amá-la? Seria possível? Mas amava. Aquela amizade foi apenas o início da combustão lenta e excitante da fogueira gigantesca e maravilhosa da paixão e do amor.

Apaixonara-se por Helena, reconheceu, mas pensou nos pais, nos amigos e amigas, na diferença de idade e no preconceito que existe na sociedade. Arriscaria toda sua vida por amor?

"Solte-me, Helena," Camila implorou, num sussuro que era mais de rendição do que de protesto.

Num movimento felino, Helena colocou uma das mãos na nunca de Camila. "Não até admitir que estou certa e que você me quer," desafiou ela. "Ou será que vou ter que provar?"

Camila encolheu-se ao sentir a mistura perigosa e sufocante de medo e excitação. De revolta e submissão dócil e incondicional, que ardia dentro de si.

Hesitante, tentou formular a resposta certa, a única resposta sã e sensata que podia dar, mas percebeu que demorara demais quando Helena avisou:

"Você se arrisca, Camila." Ela acariciou-lhe os seios viçosos e tentadores, o polegar estimulando os mamilos já rígidos. "Sei que me deseja, por que não reconhece essa verdade para si mesma? Afinal, sente isso no seu corpo, não? Sinta, agora, no meu!"

Camila apoiou-se em Helena, abalada pelo choque quando esta a obrigou a encaixar a mão entre suas coxas e tocar sua feminilidade, e sentir a umidade atravessando o tecido fino da calcinha de renda. Se ao menos encontrasse forças para remover a mão e afirmar que não desejava a intimidade que ela impunha... No entanto, para seu desespero, percebeu que era fraca demais, que não havia como deter o desejo. Não podia perder a oportunidade que Helena lhe dava para tocá-la, explorá-la, conhecê-la... Conhecer-lhe o sexo intumescido, úmido, pronto para o prazer sensual, ansiando por mais, ansiando por ela. Era adortoante.

Camila emitiu um gemido fraco, tremula de luxúria. O coração de Helena pulsava com tanta energia que ela quase sentia a pulsação dela dentro do seu corpo. Os seios tão juntos...Camila estremeceu de prazer.

Ela desejava Helena, sentia fome dela. Fechando os olhos, imaginou-se obedecendo a cada comando, cada pedido dela, como sua escrava sensual, aprisionada para sempre. Gemeu novamente, um som agudo e breve que fez Helena exigir seus lábios novamente. Ela grunhiu, enlouquecida, o que também excitou Camila, que manteve os lábios entreabertos, permitindo livre acesso da língua de Helena à sua boca, deixando-a tonta de prazer.

"Você me quer... Você precisa de mim," Helena riu baixinho, sabendo que Camila se submetia aos seus comandos, mesmo contra a vontade, agora. "Diga que sim, diga." A luz do olhar, da expressão de Helena era por demais exigente, sequiosa e triunfante. Uma felina gloriosa cercando sua presa, pronta para torná-la sua, impiedosamente.

Camila sentia as palavras de Helena contra a pele, aquele corpo quente, dominador. Seu próprio corpo se saturava de emoções intensas em resposta. Aquilo era novo demais, e ela não tinha defesas.

Família, amigos, preconceito, tudo, enfim, ia se esvanecendo. Nada era importante. Tudo e todos. Tudo do que ela precisava... Tudo o que ela queria... Tudo o que desejara um dia estava bem ali a seu alcance.

Com um novo gemido, estremeceu ao sentir Helena desabotoar os botões da sua blusa, presa de uma urgência irresistível e selvagem. Excitante, e incrivelmente feminina. Só uma mulher sabe amar plenamente outra mulher, uma verdade que Camila não podia negar, apenas render-se à ela, pois a intimidade do corpo de Helena contra o dela tirava-lhe a habilidade de pensar racionalmente. Não havia lugar para a razão naquele mundo novo que passava a habitar.

"Quero você... Quero fitar seus olhos enquanto faço amor com você," sussurrou Helena, despindo Camila da sua blusa, abrindo o fecho do sutiã rapidamente e expondo-lhe os seios, já pesados e receptivos.

Camila teve vontade de chorar de prazer e medo, de emoção e loucura, quando percebeu que Helena a livrava das calças e da calcinha. Suspirou, entregando sua nudez a Helena. O que acontecia entre ambas era com certeza o auge de sua existência, o motivo por ter nascido. Ali, nos braços daquela mulher maravilhosa, amor e desejo se confluíam em perfeição.

"Você é minha, Camila." Helena se despia sensualmente, o vestido caindo como uma poça entre seus pés. "Apenas minha," o seu tom de voz era resoluto. "Repita!" ela comandou, estreitando o olhar. "Repita!".

Que felicidade ser de alguém, viver para uma pessoa, poder sentir-se absolutamente vulnerável e fraca, sem qualquer defesa. Entrega incondicional, é isso que o amor sempre exige da mulher. E Camila obedeceu seu instinto mais profundo e feminino. "Sou sua, Helena. Apenas sua!"

Helena tomou a mão de Camila na sua e a conduziu até o quarto, amplo e arejado, que obedecia a uma decoração descontraída mas refinada, e a deitou sobre os lençóis de uma magnífica e fofa cama de casal.

"Me ame!," suplicou Camila ao sentir o mamilo rígido sendo acariciado, saboreado, pelos lábios de Helena. Camila estremeceu de prazer e angustia, contorcendo-se.

"Não quero apressar nada," Helena negou-se a atender a suplica dela. "Quero levar tempo necessário para saborear cada instante." Enfatizou a decisão passando a mão no seio que acabara de sugar, voltando a atiçar o mamilo com o polegar.

"Eu a quero tanto, Helena," sussurrou Camila, desesperada. "Eu a quero..." Deteve-se, a visão prejudicada por uma mistura de ansiedade e incerteza. Ouvia o alerta de perigo na própria voz.

Era tarde demais para voltar atrás. Helena se inclinou sobre ela, apoiando-se nos cotovelos, o corpo esguio e sedutor, aos quarenta anos, era uma mulher belíssima e estonteante.

"Onde você me quer, Camila? Diga-me... Mostre-me..."

Mas Helena já sabia a resposta, pois já levara a mão para junto da feminilidade de Camila, a qual acariciava lentamente.

"Não respondeu minha pergunta," Helena insinuou, traçando círculos delicados de prazer. Camila cerrava os dentes, certa de que desmaiaria com o calor e o desejo que ela lhe despertava.

"Diga-me... Diga-me o que quer," insistiu Helena, ponteando cada palavra com beijos provocantes sobre o clitóris quente e macio de Camila.

"Eu te quero," respondeu excitada. "Eu te quero, Helena. Eu..." Camila estremeceu, incapaz de dizer mais, pois os beijos e a língua de Helena se tornaram possessivas e passionais. Quando ela introduziu dois dedos pelo sexo de Camila, esta gritou sensualmente, fechando os olhos.

"Olhe para mim," ordenou Helena. "Olhe nos meus olhos", os lábios e a língua explorando o centro do prazer de Camila.

Hesitante, ela obedeceu, deparando com um brilho de fogo no olhar de Helena.

Devagar e com ternura, Helena passou a acariciá-la, a afundar e emergir os dedos dentro da umidade de Camila, e o ritmo dos beijos era mais abrasador, mais íntimo, mais feminino, e dominador.

E Camila perdia-se nas profundezas... Num oceano de amor, apaixonada por Helena.

Subitamente, ela parou de excitá-la. Camila não sabia o que fazer. Sentiu medo de desapontá-la. Mas sabia que Helena era uma mulher amorosa e dedicada. Cuidaria dela e a protegeria, e ela podia fechar os olhos e deixar-se conduzir.

Não estava errada em confiar em seu instinto. Helena agora acariciava-lhe o corpo todo.

"Calma, menina, teremos todo tempo que quisermos," ela determinou.

"Mas eu a quero demais, Helena," Camila protestou.

"Faça o que quero," sussurrou Helena, beijando o seio de Camila, as mãos, que deslizam e envolviam-lhe o corpo delicado, revelando sua urgência crescente.

Vou morrer de felicidade, Camila pensou para si. O ar entre elas parecia estalar com a intensidade da paixão que ambas sentiam, com a movimentação de seus corpos sincronizados, numa perfeição permitidas somente aos verdadeiros amantes.

Helena ajoelhou-se ao lado de Camila, posicionou o corpo entre as pernas dela. Passou a perna direita sob a coxa esquerda da outra, e a perna esquerda sobre a direita. Sorriu e estreitou os olhos, os quadris se aproximando, os sexos se encontrando.

Camila oferecia sua corpo ao beijo que jamais imaginara ser possível. Instintivamente, ergueu e abaixou os quadris para amoldar sua feminilidade à de Helena, para senti-la em toda a sua glória sensual. Helena emitiu um grito rouco quando seu clitóris tocou o de Camila, roçou pelo seu sexo túrgido e úmido. E Camila ficou tensa só por um instante, mas logo se entregou ao prazer das sensações novas que ia descobrindo.

Helena arqueava os quadris em movimentos rítmicos, apoiada nos cotovelos, lamentando não poder abraçar e beijar Camila, a posição não a permitia. No entanto, seus olhos se banqueteavam ao absorver toda a beleza do corpo gracioso e belo da amada, que se rendia ao poder da sua sensualidade.

E Camila, ao sentir a carne quente envolvendo e deslizando sobre seu sexo, pôs de lado todos os pudores, permitindo-se viver e se satisfazer com a dança primitiva dos sexos. Deliciava-se a cada contração involuntária dos seus músculos mais íntimos e secretos, e aprendia a se conhecer enquanto mulher.

"Assim, assim... Ai, ai, ai!," ela gritou, temendo que seu coração e pulmões explodissem conforme um estremecimento magnífico a conduzia ao êxtase final.

Então, quando todo seu ser explodiu, vieram-lhe as lágrimas, dando-lhe uma radiância ainda mais frágil, e bela.

Alguém estremecia. Seria ela? Ou ambas? Camila perguntou-se a si mesma. Ouviu Helena gemer naqueles segundos finais incríveis, e gritar seu nome de uma forma que a deixou arrepiada.

Respirando fundo, ainda atordoada, Camila procurou os olhos de Helena. Um sorriso iluminava-lhe o rosto. Já não era mais uma adolescente. Mas uma mulher cujo corpo gozara satisfação sexual em toda a plenitude e agora, orgulhosamente, queria proclamar o fato ao mundo.

Mas não era só a sensualidade que a inebriava. O caminho que via à sua frente ultrapassava os seus mais audaciosos sonhos. Finalmente, conhecia o amor, e tinha segurança que um compromisso edificado sobre bases sólidas surgia entre ela e Helena.

"Preciso dizer uma coisa," Helena deitava-se ao seu lado, os dedos deslizando pelos fios dos cabelos de Camila, num gesto terno. "Não vou abrir não de você, nunca", ela declarou, como se pudesse ler-lhe os pensamentos. "Estou tentando dizer com palavras o que minhas emoções, meu coração, minha alma e meu corpo já declararam, minha amada, minha preciosa amada."

Camila balançou a cabeça zonza, sem ousar acreditar no que ouvia. Seu coração palpitava tomado de alegria e excitação. A mensagem de Helena não poderia ser mais intima e distinta. Também queria estabelecer um comprimisso duradouro, eterno, com ela.

"Eu te amo!" confessou Camila, enlaçando o pescoço de Helena entre seus braços.

"Feia!" Helena riu. "Queria ter sido a primeira de nós duas a dizer essa frase: eu te amo!" Ela beijou Camila suavemente. "Te amo e para sempre vou te amar." Finalizou ela, enquanto os corpos voltavam a reagir um ao outro, eroticamente.

É maravilhoso ser amada e poder construir um relacionamento com perspectiva de futuro, pensou Camila, mais tarde, o peito apertado, contemplando e vigiando o sono de Helena.

Ela decidiu passar a noite em claro, registrando na memória a imagem fabulosa da sua amada, para lembrar para sempre da sua primeira noite com ela. Seu coração batia compassado e forte. Sabia interiormente que ambas haviam descoberto uma estrela, que as conduziria à felicidade!

Por favor dê uma nota história
O autor gostaria de receber seu feedback.
Compartilhe esta História