Torcida Mista

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Eles gostaram um no outro, mas... Quem vai comer quem?
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Os dois jovens, no início de sua segunda década de vida, deixaram os assentos mistos do clube, ainda conversando animadamente sobre o jogo de futebol. Caminhando em meio às massas que dispersavam após a partida, os dois homens esbeltos, com feições delicadas, atraíam muitos olhares femininos. Alguns masculinos também. Contudo, estavam alheios a tudo, tão concentrados um no outro que o resto do mundo era apenas um borrão.

O loiro mais alto, Lucian, usava uma camiseta vermelha sobre um jeans laranja rosado, mãos nos bolsos, pálpebras meio fechadas sobre os olhos verdes e um sorriso travesso no rosto. Se inclinava em direção ao companheiro, ouvindo atentamente o que dizia, rindo ocasionalmente ou acrescentando comentários sarcásticos, seus cabelos lisos e escorregadios na frente do rosto como uma cortina que deixava apenas a figura de Brendon preenchendo seu campo de visão.

Direto e animado, Brendon conduzia a conversa gesticulando muito. Estava vestido com o uniforme azul do clube adversário, seus grandes olhos pretos bem abertos, como se estivesse vendo à sua frente a cena que descrevia com entusiasmo. Suas íris eram tão escuras que quase não se podia ver suas pupilas. Também era preto seu cabelo espetado, em contraste com a pele extremamente clara.

Haviam se conhecido uma semana antes, no Café Crescente. Brendon estava comemorando por ter havia acabado de entrar no mesmo curso de psicologia que Lucian freqüentava há um ano. Não conseguiram parar de conversar até terem que se separar após o café fechar, demorando ainda um pouco mais, trocando seus contatos.

Lucian estava ansioso para ver Brendon novamente e achou que a partida de futebol seria um lugar divertido para conhecê-lo melhor. Ligou para o seu bom e velho amigo, com quem havia marcado ir no jogo. Contando o que estava acontecendo, se ofereceu para comprar seu ingresso. O amigo, que se importava muito com ele, ficou emocionado ao saber que estava demonstrando interesse por alguém. Com a franqueza que apenas bons amigos compartilham, afirmou que, embora Lucian sempre se mostrasse tranqüilo e calmo, era inseguro e tímido demais quando o assunto era relacionamento, especialmente do tipo romântico. E, sendo assim, um estádio de futebol não era o melhor lugar para um encontro.

—Não quero criar expectativas com um encontro romântico. Um ambiente público, controlado, pode ser o melhor. Nem tenho certeza de como vou me sentir quando encontrar ele de novo.—Explicou Lucian.

Então, seu amigo aceitou doar o precioso ingresso com a condição de que, como pagamento, Lucian tivesse que "relaxar e ir em frente". Lucian respondeu que faria o que bem entendesse. O amigo retrucou que, se ele sempre fosse tão exigente, acabaria como uma tia, cercado apenas por gatos.

Lucian imediatamente ligou para Brendon. Disse simplesmente que tinha um ingresso sobrando e o convidou para o jogo.

Brendon aceitou logo. Contudo, percebendo que tinha sido fácil demais, comentou o quanto queria ir naquela a partida e, que sorte esse convite, já que os ingressos estavam esgotados. Só então, se perguntando se Lucian torcia para o outro time, Brendon perguntou para qual torcida iam. Lucian de fato torcia para o outro time, mas os ingressos eram para os assentos da mista. Silenciosamente, suspirou aliviado, não precisaria vestir as cores do time adversário. Depois que desligaram, ele se apressou em publicar no seu grupo de fãs de futebol que tinha um ingresso sobrando para repassar.

Pensando em Lucian torcendo para o outro time, logo ocorreu a Brendon uma ideia lasciva.

Após a partida, se afastando do estádio, Brendon estava de muito bom humor porque seu time havia vencido. Aproveitava todas as oportunidades para provocar Lucian, trazendo o assunto de novo e de novo. O torcedor da equipe vermelha fingiu estar com raiva e respondeu despenteando os cabelos de Brendon, enxotando-o e dando tapas nas suas nádegas. Sob o uniforme azul do clube, havia músculos magros e firmes, um prazer em olhar e tocar. Lucian estava tendo cada vez mais dificuldade em manter as mãos longe, sempre colocando elas firmemente dentro dos bolsos.

Brendon, coquete, virou-se para a janela de um carro estacionado para reorganizar seu cabelo cuidadosamente bagunçado. Dissimulado, verificou o reflexo do outro jovem e se divertiu. O loiro alto estava olhando para ele com um sorriso de lobo, quase babando.

Começou a cair uma garoa e Brendon cantou:

—Rain drops keep falling on my head...

Estendeu os braços acima da cabeça, palmas para cima como se tentasse pegar aquelas gotas de chuva enquanto fazia piruetas. Lucian o perseguiu tentando segurar sua cintura, as mãos soltas das prisões de bolso novamente, mas Brendon se esquivou com esperteza até que os dois tiveram que se dobrar de rir.

—Você tem ginga!—Lucian disse ofegante.

—Ah, eu frequentei aulas de balé.—Brendon respondeu com indiferença.

—Sério?

A mente de Lucian foi tomada com a imagem do garoto de cabelos pretos em uma roupa de bailarina completamente rosa, desde o tutu até as sapatilhas de ponta com tiras de fita, fazendo movimentos femininos. Ele balançou a cabeça, achou a ideia um pouco divertida e muito excitante.

—É, eu sei,—o outro respondeu aborrecido, equivocado com o motivo da reação de Lucian.

O sorriso de Brendon havia murchado e ele caminhava com as mãos atrás das costas.

Lucian se sentiu culpado. Querendo animar o outro, tentou provocar:

—Você deve ter conhecido muitos homens bonitos nessa época.

Somente quando tinha acabado de falar, notou de onde vinha esse comentário: um ciuminho verde e ardente. Olhou de soslaio para ver o que apareceria nas feições do homem mais jovem.

—Oh sim! Muitos!—Brendon recuperou o brilho.—O quebra-nozes, Rothbart e até um cisne negro masculino, para não mencionar vários príncipes...—Desta vez, não se enganava sobre o que Lucian estava sentindo.—Só que todos eles são personagens fictícios. O que você acha? Dançarinos de balé praticam muito. Não sobra tempo pra orgias.

Então, Brendon continuou, sério:

—Meu melhor amigo era um dançarino de balé tão bom que se tornou profissional. Só que o pai dele nunca aceitou, até deu um soco na cara dele uma vez. É assim que acontece com o preconceito, não há nada a ganhar, mas muito a perder.

Finalmente chegaram ao estacionamento onde Lucian havia deixado o carro. Já estava escuro e o espaço aberto estava deserto. O asfalto, molhado da chuva fraca que ia e vinha durante o dia todo, refletia as luzes alaranjadas dos postes altos espalhados entre os carros estacionados. Era bonito. A voz de Brendon enchia o espaço como um fluxo cálido, ainda falando sobre preconceito.

A sensação de formigamento que Lucian sentia em relação a Brendon havia crescido para um desejo difícil de ignorar. Advertiu a si mesmo, novamente, para não agir impulsivamente. Precisava levar as coisas devagar, se quisesse evitar se machucar. Fechou os olhos. Algo no homem mais jovem apelava profundamente àquilo que ele lutava tanto para controlar. No entanto, também o fazia se sentir terno e carinhoso. Ele definitivamente poderia se apaixonar por esse jovem espirituoso. Como seus olhos estavam fechados, não viu a vibração sutil que tocou os cílios pretos de Brendon quando ouviu Lucian suspirar.

Chegaram ao carro. Lucian estava pescando a chave no bolso, ainda ouvindo o que Brendon estava dizendo.

—No meu ponto de vista, hooligans são apenas bichas reprimidas que querem uma desculpa para tocar outros homens.

Ele se encostou no carro, olhando diretamente nos olhos de Lucian. Sem alterar seu tom casual, acrescentou:

—Por outro lado, como homens gays assumidos e razoáveis, podemos simplesmente concordar entre nós que aquele cujo time venceu tem o direito de foder o outro.

Brendon, deixou o silêncio cair enquanto, sorrindo, esperava Lucian perceber o significado do que dissera. O loiro ficou parado ali congelado, com os olhos arregalados. Quando Brendon ouviu o som da chave do carro caindo no chão, aquele corpo alto e esguio estava pressionando-o contra o carro.

—Você quer me foder?—A voz do loiro alto era um rosnado baixo—VOCÊ quer ME foder?

Afinal, o time azul ganhara o placar.

Embora Lucian pudesse sentir o corpo debaixo tremendo contra o dele, a voz de Brendon era calma, suave até, ainda que provocativa:

—Sim, muito.

Com a ponta dos dedos, Brendon ajeitou uma mecha do cabelo de Lucian para atrás da orelha, fazendo o gesto se tornar uma carícia, em contraste total com a aspereza do outro.

Suas respirações se misturando pesadamente no pequeno espaço que separava suas bocas, Lucian mergulhou com força sobre aqueles lábios tentadores, separando-os com a língua, desenfreada. Uma voz na cabeça de Lucian lembrou da resolução de ir devagar, mas foi completamente obstruída pelos sentimentos provocados pelas mãos de Brendon puxando sua nuca, desejando mais. Uma das pernas de Brendon subiu até a cintura e torceu-se sobre as nádegas de Lucian, prendendo-o, puxando-o para um abraço ainda mais apertado onde as pélvis se encontravam.

Lucian agarrou as nádegas do jovem bailarino e puxou para cima. Entendendo o que ele queria, com um pequeno salto leve, Brendon levantou a outra perna e cruzou os tornozelos nas costas de Lucian.

Lucian pressionou firmemente Brendon contra o carro, os dois homens se esfregand.o enquanto seus lábios e línguas continuavam girando juntos. O desejo de Lucian cresceu tanto que ele precisava tocar a haste que estava tremendo e pressionando contra sua barriga. Tentou afastar seu peito, mas Brendon mordeu e chupou fortemente o lábio inferior, impedindo-o de interromper o beijo.

Como se com fúria, Lucian agarrou sua nuca pelo cabelo e o segurou enquanto separava-se o suficiente para colocar a outra mão no espaço entre eles. Desfez o nó dos shorts de Brendon e, deslizando para dentro da bermuda da equipe azul, acariciou levemente a glande, depois continuou deslizando sobre o membro inchado, roçando as pontas dos dedos como um homem cego que quer conhecer de cor um objeto precioso. Finalmente pegou as bolas com a palma, estendendo um dedo até o cu, pressionando e massageando.

A cabeça de Brendon inclinou-se para trás, encostada no teto do carro e seus braços deixaram a nuca de Lucian e caíram frouxos ao lado do corpo. Quando as pernas de Brendon começaram a ceder também, Lucian colocou o outro braço em volta da cintura do homem menor, sustentando-o enquanto escorregava lentamente para o chão. Sentou-se ao estilo indiano, com o corpo flácido de Brendon no colo, frente a frente, pernas ao redor da cintura de Lucian, as costas apoiadas contra o carro.

Durante a manobra, não largou o membro de Brendon nem desviou o olhar do rosto do outro. À medida que sua posição lhe dava mais espaço, Lucian apertou mais o punho e mexeu o dedo com mais pressão, fazendo Brendon gemer mais forte.

—Para.—Brendon pediu sem fôlego, mas o outro parecia não ter ouvido.

Brendon conseguiu segurar o pulso sobre sua barriga com as duas mãos e puxou:

—Para! Para, por favor.

Lucian congelou imediatamente, fazendo um esforço tão grande para tirar a mão que seu braço tremia.

"Ele vai fugir", pensou Lucian. "O que eu estava pensando? Por que não pude tratá-lo com o respeito e a ternura que ele merece? Ele vai me deixar aqui e agora, e eu sou o único culpado."

Brendon ergueu a mão de Lucian ao nível de seu rosto. Virando a palma da mão para ele, lentamente esticou a língua lambendo as pontas dos dedos de Lucian, envolvendo em sua boca e chupando o indicador e o dedo médio. Gemidos escaparam da garganta de Lucian apenas por observar, com olhos arregalados, seus dedos desaparecerem nos lábios de Brendon, sentindo a língua úmida e quente envolvendo-os.

Brendon puxou para mais perto o pulso de Lucian com as duas mãos, respirou fundo e engoliu os dois dedos, profundamente na garganta, apenas para se exibir. Sem quebrar o contato visual, ele fez os dedos de Lucian deslizarem para cima e para baixo através do túnel úmido e quente, enquanto fazia movimentos de engolir que os massageavam, o seu pomo de Adão balançando para cima e para baixo. Ele então os puxou para fora e respirou fundo, ofegando. Inspecionou seu trabalho, muita saliva pingando por toda a mão de Lucian.

Com um sorriso que irradiava em seus olhos, ele comentou com uma piscadela, sua voz um pouco rouca:

—Melhor agora, não é?

Lucian olhou para a mão gotejante congelada no ar, como se não fosse dele e novamente para a boca molhada e brilhante que acabara de engolir seus dedos, aqueles olhos escuros e sorridentes. Percebeu que estava boquiaberto.

—Você precisa...—Seu tom estava muito tenso, Lucian começou novamente, mais suave—Você precisa de uma palavra de segurança.

—Por quê?—Brendon perguntou inclinando a cabeça.

—Então você pode me pedir para parar sem dizer 'para'.

Brendon empurrou suavemente o pulso que ainda pairava entre eles, com um movimento rápido e gracioso colocou a mão de Lucian dentro suas roupas e montou na palma.

—O que você sugere, então?

A capacidade de pensar de Lucian o abandonava totalmente.

—Vermelho? vermelho é uma palavra comum para isso.

Ajustando-se com um suspiro sobre a mão que estava começando a apalpá-lo novamente, como se por si só, agora mais lubrificada, ele agarrou a camisa de Lucian e fez beicinho.

—Mas eu gosto de vermelho—ele disse com uma voz chorosa.

Puxando a camisa de Lucian, se aproximou da orelha, tocando o lóbulo da orelha de Lucian com os lábios, e acrescentou em um tom rouco:

—Por exemplo, eu posso dizer, o vermelho perdeu hoje, o vermelho deve se submeter ao azul... ai!

Ele gemeu porque os dedos de Lucian entraram com força em seu traseiro com um empurrão quando ele provocou novamente.

Agarrando firmemente a cintura de Brendon com o braço livre, Lucian abaixou a cabeça contra o peito de Brendon e esfregou-se como um animal, inalando profundamente o cheiro almiscarado de sua excitação.

—Palavra de segurança. Agora.

Brendon não pôde deixar de se mover em círculos lentos. Para frente, esfregando o pau na barriga de Lucian, para trás enterrando aqueles dedos. Olhou em volta procurando desesperadamente por inspiração.

—Estacionamento! Nossa palavra segura é estacionamento! Mas...

—Mas o quê?—Era mais um rosnado impaciente e abafado do que palavras.

—E se eu quiser dizer 'continua, não para, mais', sem dizer isso?

O movimento de Brendon estava acelerando e os dedos de Lucian estavam entrando e saindo com mais facilidade e profundidade.

Lucian levantou o rosto para encarar aqueles grandes olhos negros, sua voz ainda mais rouca, mas em um tom suave e terno.

—Então você diz 'para'.

Sorrindo, Brendon apoiou os braços sobre os ombros de Lucian, passando os dedos amorosamente pelos seus cabelos. Inclinou para frente a cabeça até que suas testas se encontrassem e sussurrou:

—Então para. Por favor, para.

O braço em volta da cintura de Brendon apertou mais e o puxou enquanto os dedos dentro dele empurraram até a base. Ele ofegou de dor, surpresa e prazer, sua cabeça balançando para trás batendo no carro. Aqueles dedos invasores começaram a bombear dentro de seu buraco. Com os olhos fechados, ele sentiu uma boca lambendo, mordiscando e mordendo o peito por sobre a camisa azul.

Depois de um tempo, os dedos de Lucian sentiram o anel ao redor deles pulsando. Ele retirou sua mão. Gentilmente, mas com firmeza, empurrou o corpo do outro para o chão. No mesmo movimento, rolou Brendon de barriga para baixo.

No estacionamento silencioso, onde apenas as suas respirações ofegantes podiam ser ouvidas, o som do zíper se abrindo cortou a noite. Brendon apoiou-se em um cotovelo, meio virado para ver a beleza loira ajoelhada atrás dele, entre suas pernas, o rosto escondido por mechas de cabelo e sombras, tirando a vara ereta da calça.

Lucian cuspiu na mão e esfregou o corpo inteiro do seu pau. Ainda segurando seu membro com uma mão, como se estivesse mirando as partes sensíveis abaixo, sua mão livre puxou a bainha do short expondo as nádegas redondas de mármore branco de Brendon. Lucian inclinou-se para a frente, apoiando o peso com a mão livre, meio deitado sobre a coxa do homem embaixo, com o rosto ainda por trás do cabelo loiro brilhante desfeito. Aquela pica procurou no meio das nádegas firmes e redondas até encontrar o buraco macio. Então, com um calafrio, Lucian congelou.

Vendo isso, Brendon disse com um sorriso em uma voz suave

—Para?

Lucian levantou a cabeça,

—O quê?—Olhos sem foco, como se estivesse suspenso em um transe.

—Para, por favor!—A voz de Brendon estava embargada com antecipação.

Com um suspiro, Lucian fechou os olhos concentrando toda a atenção em apenas uma parte do corpo e lentamente rolou o peso para o centro. A cabeça de sua vara entrou.

Lucian olhou para baixo, ainda segurando seu membro firmemente, e tirou-o. Depois novamente. Fora. Dentro.

Brendon, ainda olhando para Lucian, só podia compará-lo a um garoto com um brinquedo novo. E o novo brinquedo era ele. Esse pensamento lhe deu uma sensação de formigamento que enviou ondas de prazer a todos os seus músculos, incluindo os tão apertados ao redor de Lucian.

Sentindo o tremor em torno de seu pau, Lucian parou de perfurar a entrada de Brendon e, em um movimento duro, inseriu tudo até que sua barriga bateu nas nádegas do outro. Brendon gritou de dor e surpresa.

Lucian, enterrado lá dentro, perguntou preocupado:

—Eu machuquei você? Está doendo?

—Claro que você me machucou.—A voz de Brendon soou irritada.—Está doendo muito!

Lucian hesitou um instante, em um conflito interno poderoso, mas breve. Nunca houve dúvida sobre qual parte dele venceria. Ele começou a comer Brendon sem piedade.

"Se eu sou seu brinquedinho", Brendon pensou satisfeito, "você é o meu. Brinque, meu brinquedo!" Ele cruzou os braços à sua frente sobre o asfalto e descansou a cabeça, deixando fluir os sentimentos mistos de prazer e dor.

—Eu. Te. Machuco—a voz ofegante de Lucian, baixa e vibrante, saiu uma palavra a cada metida.

—Siiimm.—Brendon respondeu sorrindo.—Sim, sim, por favor!

Lucian rosnou e forçou tudo quando gozou. Perdeu a capacidade de suportar seu próprio peso e cedeu sobre Brendon, parecendo apenas meio consciente.

Cuidadosamente, Brendon o rolou, fazendo Lucian deslizar sobre ele, tentando proteger, da melhor maneira possível, o corpo letárgico do outro de bater com força no asfalto. Se levantou, tendo encontrado as chaves do carro, e abriu a porta de trás.

Brendon começou a levantar Lucian gentilmente, encorajando com uma voz suave:

—Tudo bem, agarre meu ombro e me ajude um pouco, está bem?—Conseguiu colocar o homem flácido sentado no asfalto.

Desastrado, Lucian tentou se levantar, mas suas pernas estavam bambas.

—Não, não, não desse jeito, apenas se apóie em mim, tá? Aqui, suba e vá.

Lucian sentiu que estava sendo colocado, de barriga para cima, no banco de trás do carro, com as pernas para fora da porta. Brendon começou a puxar as calças de Lucian.

—Não!—Lucian levantou o braço enquanto tentava segurar Brendon.—Não.

Mas Brendon estava fora de seu alcance e tinha sua própria agenda. Ele queria agir antes que o outro recuperasse o juízo.

As pernas longas estavam despidas. Brendon rastejou sobre Lucian, que pediu:

—Não, não faz isso—tentando focar enquanto lutava contra o torpor para assumir o controle.

Com os joelhos entre as pernas de Lucian e o tronco inclinado, as lanças se tocando, Brendon aproximou sua boca do ouvido de Lucian e sussurrou provocadoramente:

—Nossa palavra de segurança ainda está valendo.

Lambeu o ouvido de Lucian, enfiando a ponta da língua no pequeno buraco, chupou o lóbulo da orelha. Satisfeito de que havia dado a Lucian tempo suficiente para falar a palavra, passou os braços sob os joelhos do homem deitado e os puxou para seus ombros. Ele cuspiu sobre os dedos da mão direita e colocou sobre o buraco de Lucian.

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