Fernanda Ch. 04

-Eu também gostei.... Eu nunca tinha feito isso antes. A sensação é muito boa.

Com isso eu o abracei mais uma vez. Desta vez estávamos de frente um para o outro. Ele colocou as mãos nas minhas costas, devolvendo o abraço. Eu o apertei mais contra o meu corpo e disse:

-Eu não tinha planejado isso. Você me pegou de surpresa. Não sei bem o que eu estou sentindo. Não sei porque eu ainda estou aqui. Eu podia ter procurado melhor pela chave e ter voltado para o meu quarto. Eu devia ter feito isso.

-Não se preocupe. Eu gostei que você ficou. Saiba que você pode continuar confiando em mim. Eu não vou te decepcionar.

Nisso ele acariciou as minhas costas. Eu o apertei ainda mais contra o meu corpo, com todas as minhas forças. Eu queria muito dar um beijo nele, mas não tive coragem. Eu não sabia o que eu estava sentindo e não queria dar uma ideia errada do que estava acontecendo. Talvez eu estivesse começando a gostar dele de forma diferente. Mas talvez fosse somente os meus hormônios exaltados, intensificados pelas minhas últimas experiências que estivessem confundindo a minha mente.

Depois de um bom tempo abraçados, meus braços foram perdendo as forças e eu relaxei, deixando que os nossos corpos se afastassem. Depois de tudo o que eu tinha feito nos últimos dias e de tudo que eu tinha compartilhado como Miguel, eu achei que a modéstia estava meio fora de contexto. Independentemente do que eu estava sentido, eu queria que ele fosse o primeiro a me ver por inteira, não de forma acidental, mas por uma decisão minha, sem pressa e sem reservas.

Eu me levantei e fiquei de frente para ele, deixando ele me observar. Senti meu rosto ficando vermelho, mas contive a vontade de me cobrir com as mãos. Então eu dei meia volta e fiquei de costas para ele por alguns instantes e voltei a ficar de frente.

Esperei ele se levantar, o que demorou mais do que eu imaginava. Ele parecia não se cansar de olhar para meu corpo. Eu comecei a ficar excitada com a atenção que ele estava me dando e fiquei ainda mais vermelha. Então eu não consegui mais me conter e cobri a minha vagina com as mãos.

O Miguel se levantou e veio me abraçar novamente. Ele me apertou contra seu corpo e eu senti o volume do pênis dele contra as minhas mãos que cobriam a minha vagina. Eu senti uma mistura de felicidade por sentir que ele também estava tão excitado quanto eu e um certo medo por não saber como reagir àquela novidade. Desta vez, quando ele acariciou as minhas costas, eu senti as mãos deles se aproximando mais da minha bunda. Mais alguns centímetros e ele estaria tocando onde ninguém havia tocado antes. Meu corpo ficou todo arrepiado.

Eu retribuí o abraço e nós nos afastamos. Ele olhou meu corpo novamente e disse sorrindo que eu era linda. Então ele foi até a cama e pegou a chave que estava entre as dobras do lençol e me entregou. Ele disse que iria ver se era seguro eu sair do quarto, e colocando uma camiseta saiu em direção à cozinha. Voltou logo em seguida e disse que os meninos já estavam acordados. Eu teria que ficar ali ainda esperando uma oportunidade de ir para o meu quarto.

Eu só consegui sair do quarto do Miguel quando os três saíram para trabalhar. Quando um entrava no banheiro, ou outro ficava na cozinha. O Miguel não podia fazer nada a não ser esperar, assim como eu, pelo momento oportuno.

Quando eles saíram, eu fui correndo para o banheiro, depois entrei no meu quarto e me vesti para ir à faculdade. Cheguei atrasada, mas consegui marcar a minha presença. Não consegui aproveitar muito da aula, pois só conseguia pensar na noite anterior na expressão no rosto do Miguel enquanto ele observava meu corpo nu.